A terceira prova do nosso campeonato ficou marcada por uma enorme correcção dentro de pista e ainda por lutas fantásticas entre praticamente todos os pilotos que participaram, lutas essas travadas em cada uma das três emotivas mangas de corridas que tivémos. Uma verdadeira promoção ao NKOK!
Tecendo apenas alguns comentários pontuais, salientaria a excelência do traçado «B» de Baltar. Lindo. Muito técnico, tal como a pista principal, mas, na minha opinião, ainda mais interessante para os pilotos, apesar das diferenças de alcatrão nas novas “chicanas” promoverem alguns «danos» ao nível da espinha dorsal... Ultrapassados esses «saltinhos» e esquecido o terror que era sair da segunda “chicana nova” e ter que subir a, «passo», a recta que antecedia a curva longa e rápida das boxes, palminhas para um circuito que tem de tudo!
Segunda referência, para os karts, para a frota de Baltar... Fraquinha, fraquinha, diga-se. Acabadinha, acabadinha, para ser mais preciso… Contudo, surpreendentemente equilibrada! Diria que, «do mal, o menos». Se, por outras paragens, as deprimentes frotas se vêem acompanhadas por escandalosas diferenças de andamento, a frota de Baltar tem o «mérito» de promover andamentos muito semelhantes – exceptuando, como não poderia deixar de ser, os 2 ou 3 karts «mais rápidos» e os 2 ou 3 karts «mais lentos». No miolo, a competitividade de 15 ou 16 karts era/foi notória e salutar. É que, se uns curvavam melhor para a direita, outros faziam-no mais facilmente para a esquerda, e se os karts com melhor motor eram mais desequilibrados em curva ou nas travagens, os de pior motor tinham esse equilíbrio, algo que os nivelava de maneira caricata (por baixo, sim, pela mediocridade, tudo bem, mas, ora bolas, nivelava!!). Dito de outra forma, adorei as mangas em que participei e diverti-me à brava a ver a última manga, já de fora! Olés!
Por fim, referências a alguns pilotos. Em primeiro lugar, ao vencedor, o impassível Paulinho. Claramente a melhor «exibição» do Paulinho, neste seu ano de estreia no NKOK. Cirúrgico, paciente e astuto. Sem espinhas.
De seguida, indo no sentido da classificação, palmas redobradas para o M.A.D. e para as suas extraordinárias mangas. ON FIRE! Uma pole, um segundo lugar, e um quarto, que facilmente poderia ter sido primeiro ou segundo novamente, não fosse uma travagem completamente falhada quando tentava superiorizar-se ao Paulinho. Sempre incrivelmente rápido, temos o M.A.D. em grande forma e pronto a lutar pelos lugares de acesso à grande T.I.T. de 2011.
Em terceiro lugar, ainda no pódio, o «habitué» General Abreu, com mais uma prova sem mácula. Boas classificações nos treinos, como manda a regra, uma vitória e um quinto lugar. Consistência, rapidez e talento. Um dos sérios candidatos ao título, juntamente com o Paulinho, novo líder, de resto, e o majestático Alex Senna, o azarado do fim-de-semana. Uma palavra de conforto para o nosso profissional de serviço. Um kart avariado na primeira manga, com um consequente último lugar na classificação, e um erro logo no início da sua segunda manga, a última do dia, algo de tão raro naquelas mãos de ouro que até houve perguntas perplexas… «o que é que aconteceu?, quem bateu no Alex?» Não, foi mesmo um erro humano, sem culpas para serem distribuídas.
Quanto ao restante pelotão, grande prova do Stone Mendonça, finalmente a tirar o pó do capacete, neste início de ano aziago (domínio absoluto, com pole-position e liderança da primeira à última curva!), mais uma excelente participação do indefectível TT Danny, em nova demonstração de carácter e regularidade, notas positivas para as prestações dos convidados Tiago e Francisco, ainda para os nossos pilotos Pedro Vasconcelos e C.Razy Simões, com provas seguras e recheadas de lutas, e, por fim, um digno realce para as mangas do Rasteirinho, com uma brilhante recuperação na primeira e uma segunda onde poderia facilmente ter chegado mais longe, não fosse ter-se visto envolvido no pião do M.A.D..
A terminar, palavra de apreço para o nosso Bullet, porventura o mais resignado de todos, depois de duas mangas com azares que o impediram de ir além de um 7º e de um 8º lugares – pouco para um piloto habituado aos lugares da frente!
Em suma, um sábado recheado de sol e calor, provas magníficas, emoção, e um almocinho de encher o «pandulho»! Que o diga quem foi ao «Anfitrião»!
Nas palavras do «boss» Alex, VENHA FÁTIMA!