Desta vez, estive totalmente arredado dos lugares da frente. Em momento algum fui capaz de rodar em tempos ou numa consistência que me permitissem vislumbrar, sequer, os capacetes que melhor se adaptaram ao novo traçado do KIB – por sinal, muito engraçado. Com um primeiro kart equilibrado mas de pouca potência, quedei-me pelo sexto lugar na primeira manga, depois de uma sessão de treinos lastimável que, por pouco, não me condenou a um dos últimos lugares. Num dia que «tinha acordado mal», a azia prometia continuar…
Nessa primeira manga, ainda houve lugar a uma luta engraçada entre o Stone, o TT Danny, o General e eu próprio. Com um kart francamente inferior, o General foi descendo de posições à medida que a prova se ia desenrolando. Mais competitivo, o Stone acabou por se desenvencilhar do TT Danny e abrir um fosso tranquilo, garantindo assim o 4º lugar final. Quanto a mim, lá consegui passar o «charuto» do General e colar-me na traseira do bólide do TT Danny, que começou a cometer alguns erritos, na parte final da prova, permitindo assim a minha aproximação. Contudo, foram incipientes os meus esforços, dado que, pouco depois de me ter chegado ao «318», a corrida acabava. Se as minhas melhores expectativas já tinham saído goradas, nesta primeira manga de prova… o pior estava ainda para vir!
Após o «bailinho» do Boss, na primeira manga, seguido do Paulinho Amazing – os dois num nível de outro campeonato –, foi a vez do Rasteirinho Barros mostrar que está claramente a subir de forma, desde o início «menos conseguido» da época de 2010. Temos o craque de volta! Rubricando uma excelente pole, liderou a segunda manga durante as primeira voltas, até ser ultrapassado pelo INEVITÁVEL Boss, que começa a ser demasiado reincidente nas limpezas do NKOK. Cirúrgico como poucos, inabalável e impenetrável, o Boss registou a 4ª vitória em outras tantas corridas, em 2011, o chamado «perfect 10». Não fosse a pole-position e a volta mais rápida do Rasteirinho, teríamos todas as estatísticas do lado do «Senna de Braga», que já leva 3 poles, 3 voltas mais rápidas, e 4 vitórias… Esclarecedor.
No que me diz respeito, melhorei um tanto, na manga de qualificação, mas acabei por rubricar, sem margem para dúvidas, a pior prestação da minha curtinha e debilitada carreira como «kartista» amador. Tendo largado de forma tranquila, segui o duo «General-Stone» ao longo das primeiras 2 voltas, antes de, induzido por um kart com um belíssimo motor, ter cometido um erro de palmatória na forte travagem para o gancho de direita que surgia a seguir à recta interior do circuito. Por me ter aproximado em demasia do Stone, e receando estragar ali ambas as corridas, entrei em pião. Sou de imediato ultrapassado pelo Quico, pelo C.Razy Simões e pelo TT Danny, envolvidos numa amena e bem disputada luta. E foi logo na volta seguinte que o meu cinzento cérebro tem mais uma enorme «paragem do relógio». De forma inconcebível e inexplicável, indo contra tudo aquilo a que costumo votar a minha ira, procuro concretizar duas ultrapassagens suicidas ao TT Danny, que, protegendo a sua posição, consegue evitar. Duas monstruosidades. Duas… imbecilidades. Na segunda tentativa, desgovernado por cima de um corrector, volto mesmo a fazer um pião e quase sou colhido pelo Moskito, a assistir a tudo isto, escandalizado, de cadeirão!
Acontece que o meu kart era tão superior aos 4 que se encontravam à minha frente – Quico, C.Razy Simões, TT Danny e Moskito –, que em menos de meia dúzia de voltas já eu estava colado ao trio inicial – e depois de ter abanado o Moskito na recta da meta… Consigo ultrapassar o C.Razy Simões, a seguir à primeira curva do circuito, e beneficio de um toque entre o TT Danny e o Quico, que acaba com um pião deste e um embate bastante violento do C.Razy Simões, apeado logo ali. Acabo por chegar à posição que perdera, aquando do primeiro pião, mas com uma prova tão terrível que teria pago para não ter saído de casa!
Mais curioso do que tudo o resto foi ter dito ao TT Danny, antes de a jornada começar, que preferia que me dessem 40 pontos e não me obrigassem a correr, naquele dia… Dito e feito. Levei para casa mais 2 pontos do que aqueles que pedi, mas a dor de cabeça e o rabo entre as pernas não justificaram esse ganho!
Maus dias, todos temos… mas não há direito!