quarta-feira, maio 25, 2011

Equipas NKOK nas 24H de Braga

Sem qualquer tipo de "ordem", e apenas por conveniência numérica:


NKOK 1



  • Alexandre Gonçalves

  • Renato Barros

  • Pedro Ramada

  • Paulo Ribeiro

  • Gustavo Simões

  • Luís Martins

  • João Paulo Fernandes

  • Marques Mendes

  • Miguel Rodrigues

NKOK 2



  • Rui Cândido

  • João Mendonça

  • João A. Simões

  • Francisco Aguiar

  • Luís Aguiar

  • Pedro Pedrosa

  • Carlos Monteiro

  • Jorge Costa

sexta-feira, maio 06, 2011

NKOK 2011 - Prova IV

Caros pilotos,

É no dia 14 deste mês (Sábado), que o NKOK regressa às pistas, com a prova a ser realizada em Viana, ainda com a frota Birel 390 c.c.. O horário mantém-se pelas 14:30. Os preços também são os de sempre!

Agradecíamos que fizessem as respectivas inscrições, ou aqui no blog, ou por email.

Obrigado!!

Lista de Inscritos:

1 Rui Cândido
2 Alex Gonçalves
3 Gonçalo Abreu
4 João Mendonça
5 João C. Simões
6 Pedro Ramada
7 Amadeu Fortunas
8 Gustavo Simões
9 Rentato Barros
10 Luís Aguiar
11 Paulo Ribeiro
12 Francisco Aguiar
13 Pedro Sérgio
14 Francisco Santos
15 Fernando Almeida

domingo, maio 01, 2011

Santo «Ramadão» em terras de Almeirim

Se me pedissem para reduzir tudo à essência, usando uma só palavra, teria de optar pelo vocábulo «magia».
É que houve magia.
Antes da magia, porém, fomos obrigados a madrugar como galinhas esfaimadas. A ferramenta do Google apontava para um trajecto de 3 horas de duração… embora tenha havido quem percorresse a distância em menos de duas! Nós, não. Nós, o General, eu e o Miguel, que fomos do Porto até Almeirim em amena cavaqueira. Dizia-nos o Miguel que «o circuito é fantástico… com a pista seca!» Sem sabermos o que esperar (apesar das terríveis previsões para o fim-de-semana), o percurso até ao Sul foi-nos brindando com sol, pingos, chuviscos, ou trombas de água… Era imprevisível!
Cheios de adrenalina a correr-nos nas veias, a viagem de ida acabou por não demorar assim tanto. Em cerca de duas horas e meia aportávamos no Kartódromo da Quinta da Conceição. E se exceptuarmos a incessante música brasileira, que jorrava das enormes colunas colocadas em pleno escaparate do pódio, tudo parecia correr às mil maravilhas – nada de pressas, tempo estável e seco, espíritos animados, primeiros debates sobre estratégias e ambições. Termos discutido parte destes assuntos com os pés, ou mesmo sentados, nas escadas de madeira do pódio talvez tenha significado o empurrão decisivo para o que viria a acontecer!
Os únicos pilotos que já tinham rodado em Almeirim eram o Ramada e o Miguel, e ambos davam excelentes referências ao encadeado do traçado e às suas nuances variadas – travagens fortes, zonas sinuosas, uma recta enorme, e secções rápidas. Depois de pesados os quatro obesos da equipa, e terminada a volta de reconhecimento, dada a pé, diria que todos queriam que a prova começasse o mais depressa possível… O resto não passava e conversa.
No entanto, havia ainda quem estivesse em calças de ganga (eu incluído!) e o briefing com os chefes de equipa demoraria mais 25 minutos. Portanto, esperar surgia como palavra de ordem. Estando o kartódromo equipa com rede “wireless”, as equipas aproveitaram para, além de dar um saltinho à net, colocar em funcionamento os sistemas de controlo dos tempos e das classificações, directamente ligados à torre de controlo, sem dúvida um grande avanço tecnológico!
Definida então a ordem de entrada nos treinos cronometrados, chegava a hora de tirarmos o pó das luvas e de ficarmos a conhecer os cantos à casa, lá dentro, onde tudo tem mais cor. As primeiras impressões foram positivas, quanto ao traçado, e menos elogiosas quanto ao kart número «17», embora a frota parecesse bastante equilibrada. Com tempos muito próximos entre os pilotos, foi com naturalidade que o Miguel rodou 3 a 4 décimos mais rápido do que os estreantes, e o Ramada rubricou a melhor volta da equipa, 2 a 3 décimos mais veloz do que o Miguel. Começava nos treinos a ser lançado o cognome do Ramada, epíteto que o acompanharia durante todo o dia, e que viria a ser «o Trunfo».
Findos os 60 minutos de treinos cronometrados, a equipa NKOK registava um razoável 10º lugar, entre as 20 equipas participantes. Não era brilhante, mas assegurava um lugar confortável na grelha de partida. E como quem correria em direcção ao kart dava pelo nome de… Ramada, ninguém se mostrava preocupado! Para mais, doze horas de prova é muito corrida… e nós sabíamos disso. Estávamos tranquilos e já apontávamos o “Top-5” como grande objectivo final.
Tendo realizado os treinos com a pista totalmente seca, e sem aparentes ameaças de chuva, a largada foi dada à «Le Mans», pilotos de um lado, máquinas do outro, correrias desenfreadas e pés a calcar o acelerador ainda antes de os pilotos estarem sentados nos karts. Quando passou diante de nós (na zona reservada às equipas), o NKOK já era nono. Nas duas voltas seguintes, tínhamos recuperado mais 2 ou 3 posições, com um Ramada em grande estilo a atacar de faca nos dentes. Como ele próprio nos dissera, antes da largada, «isto é sempre em turnos de sprint!» É aquando da entrada para a 4ª volta, que o «não aguardado» momento acontece: a primeira chuva diluviana abate-se sobre Almeirim. Mesmo sem fato de chuva vestido, começámos a ver o nosso «Trunfo» a galgar lugares como quem trepa uma escada, uns atrás dos outros, sem contemplações, até sermos líderes! Em menos de 20 voltas, o Ramada passava de 10º para a liderança da prova, e convém não esquecer que estavam presentes alguns dos mais notáveis pilotos do karting amador português.
E foi assim que nos mantivemos, até à primeira troca de pilotos. Daí em diante, passámos a ter meros mortais a conduzir o «17», e as mudanças de pilotos começaram a roubar-nos segundos preciosos. Ainda assim, rubricando prestações muito consistentes, as diferenças para os primeiros seguiam curtas, havendo um conjunto de 8 ou 10 equipas que, à segunda hora de corrida, continuavam na volta dos líderes.
Depois do dilúvio que apanhou o Ramada, logo no início, a pista foi secando de forma progressiva, embora com chuviscos ocasionais. O turno do Miguel foi mesmo realizado com grande parte do traçado seco.
Breve referência para o primeiro turno do General, «aguadeiro» por natureza, e a rezar para que chovesse. Dito e feito: apanhou um dilúvio de dimensões bíblicas! A chuva que caía era tanta que, em plena recta da meta, os karts «travavam» ao passar pelos lençóis de água que se iam formando! Inaudito. Caso para dizer, contudo, que o General teve o que pediu…
Quem não teve o que pediu fui eu, que entrei a seguir, o último a completar a primeira fase de turnos. Quando entrei em pista (eu que tinha dado apenas 6 ou 7 voltas, nos treinos… como os restantes estreantes), estávamos nas duas horas e meia de corrida, e em 6º lugar, embora, como afirmei, com as equipas todas muito próximas. E esse primeiro turno foi… memorável! M-e-m-o-r-á-v-e-l.
Não gosto de andar em piso molhado porque, como costumo dizer, «ainda tenho menos jeito». Acontece que… algo aconteceu! A adaptação foi imediata, fácil, e estranhamente eficaz. Apesar de ter passado numa enorme poça de água, na primeiríssima curva após a saída das boxes, ficando literalmente encharcado do tronco para baixo, esse deverá mesmo ter sido o mote perfeito para o «agora nada de pior pode suceder-me!» Obtive a minha confirmação quando percebi que estava mais rápido do que muitos dos pilotos que, como eu, se travavam de razões com os karts, e mais ainda quando vi o Paulinho, do lado de dentro das boxes, de polegares estendidos, e um sorriso rasgado na boca! Liiindo! Para dentro do capacete, gritei: «como é que isto é possível?!»
Só que o que é bom não é feito para durar para sempre… e foi logo a seguir que, na direita de acesso ao muro das boxes, fico sem direcção… indo quase parar à relva. Após uma rápida aferição ao kart, percebi que se tratava de um problema na roda dianteira do lado direito, completamente solta – rolamento partido, vim a saber. Passei, incrédulo perante o azar, pela frente dos meus fiéis companheiros, a passo de tartaruga, e lá levei o «17», titubeante, até à zona de serviço, que ficava no lado oposto da pista. Começava aí a perda de tempo, dado que tive de efectuar a pista praticamente toda. Entrei no espaço da assistência e quedei-me, à espera, sem acreditar no que se abatia sobre mim e sobre nós, NKOK. A chuva continuava inclemente, como se não bastasse o tempo que perderíamos para os primeiros… É que, quando a roda se solta, íamos em TERCEIRO lugar!
Cerca de 4 minutos volvidos, o «17» entra em pista e a grande luta tem o seu verdadeiro início. Termino o turno com a mesma consistência – e com um pneu novinho do lado direito –, e passo o volante ao seguinte. Recebo galhardetes que me deixam enlevado e orgulhoso, e sou informado que havíamos descido até ao 11º posto. Estava na hora de cerrar os dentes e fazer a «remontada»!
Sinopse da «Grande Batalha», por piloto:
• Boss: apesar de dizer que «não é tão talhado para as resistências», esteve, as usual, impecável; nem parecia a primeira vez em Almeirim; turnos sem mácula, numa consistência que chega a ferir susceptibilidades (!), disponível dentro e fora da pista, compenetrado, presente; sem o Boss, não tem o mesmo brilho.
• Amazing: gostei de o ver, pela minha primeira vez, chateado com o desenrolar dos acontecimentos e insatisfeito com os seus dois turnos iniciais; contudo, como seria de esperar, esteve a um nível elevadíssimo nos demais, e, sobretudo, no derradeiro (quinto turno), quando fazíamos o pressing final para segurarmos o pódio; gostei da atitude e da perseverança, além de ter estado sempre disponível e a mostrar tempos; grande, Paulinho!
• Martin: sem falhas; rápido, consistente, corajoso; pé sempre a fundo; entrou em Almeirim a detestar o piso molhado e saiu a adorar o circuito, à chuva! Isso diz tudo; foi sempre para dentro de pista com o fito de «arriscar» ao máximo; muito bom, um piloto que o NKOK deve reter.
• General: turnos muito complicados, talvez os piores: o primeiro, regado a catadupas de água, e o quarto com uma pista que parecia autêntico gelo (eu que o diga!); foi subindo de rendimento e também esteve sempre presente; como o Boss, prova sem ele não é prova; cometeu um ligeiríssimo erro, no último turno, quando tentava pressionar o trio da frente, mas recuperou a confiança e acabou-o «on fire», numa altura em que a pista começava já a secar (perto da meia-noite).
• Ramada, o «Trunfo»: recordações e imagens inesquecíveis; pela pessoa que demonstrou ser, pelo piloto que é, não podemos deixar de o captar para o NKOK. Brilhante e unânime. Tão evidente a classe com que conduz, a subtileza, o movimento certeiro que desfere em cada ultrapassagem, o modo com o discute a travagem mais insignificante; fora de pista, incansável na transmissão de dicas e de motivação. E de coragem. Não esqueço a força e a confiança que depositou em mim, sem fazer ideia do meu «valor»! Também não esquecerei a resposta que me deu, aquando de uma «brincadeira» da minha parte, depois de ele ter dado um conselho a uma das equipas nossas rivais – fiz um comentário, como quem diz, «então andas a dar os trunfos aos opositores?», e a síntese peremptória do Ramada foi eloquente: «nada disso, não ia deixar de lhes dizer, são meus amigos acima de tudo». Palavras para quê?
De realçar que, como diria o Ramada, «acima de tudo» o que foi conseguido, a camaradagem entre todos foi notável. Sem nunca termos perdido a cabeça (e com exemplos tão negativos noutras boxes!), nem mesmo quando o Martin passou 5 voltas sem ver a placa «IN», ofuscado pela ânsia de ganhar tempo aos primeiros (!!), essa foi a grande arma da equipa: coesão e objectivos partilhados entre todos. Sem egoísmos, eram sempre os que estavam de fora que iam puxando por quem pilotava. E, mesmo nas boxes, a motivação que cada um transmitia aos restantes foi sendo evidente.
Parabéns aos brilhantes Pedro Ramada, Alex Gonçalves, Miguel Martin, Paulo Ribeiro e Gonçalo Abreu! Enormes. Especial agradecimento à namorada do Pedro (cujo nome se esvaiu da minha memória), pela sua incansável ajuda e apoio. O NKOK elevou o seu nome bem alto!
O cansaço final foi tão acentuado que houve até quem tenha seguido pela A2, em direcção ao Algarve…! Àquela hora da madruga, com a taça, o champanhe, e as garrafinhas de vinho «da região» nas mãos, o Norte parecia tão longe… mas TÃO GRANDE.
Mesmo grande.

Prova: 12 horas de resistência
Local: Almeirim (Kartódromo Quinta da Conceição)
Equipa: NKOK
Pilotos: Paulo Ribeiro, Miguel Martin, Pedro Ramada, Alex Gonçalves, Gonçalo Abreu, Gustavo Simões
Grelha de partida: 10º lugar
Classificação Final: 3º lugar





A «dupla» maravilha



«In persuit»


«El General»


Boss pelas ruas de Almeirim