O Vazio da TIT

Poucas palavras para descrever o imenso Sábado da prova da TIT.

A viagem até Fátima foi tranquila e muito agradável, não obstante o levantar antes das 5h da manhã. O grupo prometia o habitual excelente convívio.
Chegados a Fátima, decorreu muito tempo até que estivéssemos prontos para arrancar nas máquinas (umas belas máquinas, digo-vos, sem protecções, travões a sério (!), boa potencia, boa saída nas curvas... no fundo, uma experiência obrigatória).

O General foi o primeiro, e não desiludiu, como é seu apanágio. Sob condições difíceis, uma pista meio seca, meio molhada, foi grande, alcançando um formidável 10º lugar na sua manga.
O segundo a entrar para a "guilhotina" foi o TT, e as dificuldades foram óbvias para um piloto tão jovem nestas andanças. Uma corrida estragada com uma ida às boxes logo na primeira volta, e um resto de prova sozinho, sem referências.
Depois entrou o Stone, um piloto refinado, a transpirar classe, que conseguiu um ritmo entre o do General e o do TT, sentindo dificuldades mas conseguindo rodar em tempo medianos.
De seguida entrei eu, e garanto-vos que nunca me senti tão incrivelmente "mau". Fiz o penúltimo tempo, a léguas dos mais rápidos, e, depois de uma largada "de raiva", sou obrigado a fazer um pião na segunda curva da pista, para evitar o choque. Tal como o TT, fiquei sem referências, e a corrida prometia ser um sofrimento. E foi. Também tive que passar pelas boxes (os karts têm um bico saliente que, após contacto, salta), depois de um enorme exagero na curva 1, e, com o tempo perdido, a motivação evaporou-se. O desconforto foi tão grande e tão veemente que passei 13 voltas a imaginar formas de me tornar "invisível". Qualquer semelhança com uma situação real é pura coincidência. Fui último, bem último.
Finalmente, foi a vez do M.a.d., que também não teve tarefa fácil. Fez das tripas coração mas o esforço não foi suficiente. Era o culminar de mais uma manga de sofrimento.
Com os resultados alcançados, eu, o TT e o M.a.d. passámos automaticamente para a final D, a menos "esperada". O Stone passou para a final C, e o General, digno representante, apurou-se para uma das meias-finais. Nessa meia-final voltou a sair-se bem, por entre momentos complicados, conseguindo um honroso 13º lugar, com o qual se qualificou para a final B.
Quanto a essas finais, a final D já foi disputada sob chuva, o que permitiu aos pilotos do NKO dar um "arzinho da sua graça". O M.a.d. esteve fantástico e, partindo do 4º lugar ficou em 4º no final, numa prova muito segura. Eu logrei trepar na classificação, passando de último para 9º, mesmo depois de ter sido prejudicado duas vezes ao longo da prova. Ainda assim, saí de cabeça mais erguida. O TT, com uma prova realizada sempre do meu lado, acabou por se atrasar um pouco, no final, mas realizou uma prova consistente.
A final do Stone foi um hino à condução, com uma prestação brilhante, levando bem alto o nome do NKO! Tínhamos todos um sorriso rasgado nos lábios!
Por fim, o nosso Notabilis fechou a participação do NKO na TIT com uma exibição de pura dança, tantos foram os "zeros" e os piões que fez!! Sem nada a perder ou a ganhar... divertiu-se!
Resumindo tudo, o que mais realço é a relação que se estabeleceu entre os pilotos do NKO. Agradeço a força de todos, o ânimo que o TT me deu desde que saí da pista pela primeira vez, com a cabeça entre as pernas, a posição sempre optimista do Stone, e a fantástica conversa depurativa ao almoço com o M.a.d., que tanto ajudou a afastar o sentimento vexatório que tinha trazido da primeira manga. Ao Gonça agradeço todas as dicas e a classe com que defendeu as cores do NKO. Por tudo o que aprendi e senti, valeu MUITO a pena. Temos que ser pequenos para crescermos.

Estive com 4 verdadeiros campeões.