quinta-feira, julho 29, 2010

24 Horas Gaia - Ricardo Passos

Depois do Alex ter aberto as hostilidades e de todos terem manisfestado a sua opinião, acho que me cabe a mim fechar esta aventura.

Organização da prova - Impecavel... fica só uma nota para a falta de formação dos comissários de pista. Não agitavam as bandeiras energicamente, em especial a amarela, pois significa perigo (desculpas :-)). A interpretação de ultrapassagens em bandeiras amarelas não me pareceu sempre correcta.

A equipa:

Apesar de não estarmos todos ao mesmo nível, no geral está claro que temos todos muito pouca experiencia neste tipo de provas. Existem muitos aspectos a melhorar, quer do ponto organizativo quer competitivo, mas haja vontade para aprender e não tenho dúvidas que vamos conseguir bons resultados a curto prazo.

Já tive oportunidade de participar em algumas provas de resistencia mas ainda não houve nenhuma que me tivesse de facto marcado do ponto de vista competitivo. Já fiz turnos que me deram bastante gozo e que me deixaram com um sorriso rasgado mas... logo a seguir veio sempre a decepção... uma embraiagem que se foi, um problema de travões, etc... Vamos ganhando experiencia com estas coisas, é verdade, mas por vezes esquecemos que quando participamos em provas de resistência, sejam elas de 4, 12, ou 24 horas, o mais importante é a equipa, o todo, e não o que cada um consegue fazer em pista.

Tal como o Mourinho diz, por muito bons que sejam os intervenientes, a equipa tem sempre que prevalecer.

Ora, é isto que vos digo... precisamos de crescer como equipa, seja neste grupo ou noutro, o importante é ter sempre em mente o que o Mourinho diz. (não resisti à famosa fabula dos burros e da palha)...



Algumas notas para o futuro:

Preparação da prova - Faltaram cronometros, talvez tivéssemos evitado uma penalização por incumprimento dos 3 minutos entre o primeiro e segundo turno. Os turnos de condução deveriam estar definidos antes do inicio da prova. O curioso é que eu, o Alex e o Gustavo, fomos trocando ideias durante a semana, mas no dia da prova ainda não tinhamos finalizado o esquema, faço aqui "mea-culpa". Faltou ainda a placa de informações para a pista (placa de box completa, tempos, posição, etc).

Gestão e acompanhamento da prova - O espirito de entreajuda no acompanhamento e gestão da prova, ficou, para mim, muito aquém do que esperava. Temos, todos, que ajudar... não podemos pensar, o Kanux está lá, ele trata...O Alex quando sair do seu turno, tira o capacete e vai a correr actualizar os dados no sistema informático.

Faltou comunicação para o piloto que esta em pista, seja um incentivo, seja uma informação (precisamos da placa de informações, da proxima vez).

Por tudo isto, acho fundamental, em futuras edições, ter alguém que faça a gestão de box, alguém que não um piloto, mas que tenha ajuda dos pilotos em turnos a definir. Podemos ser uma equipa de fábrica, organizada, mas não gostaria de ver "pilotos de fábrica" ;-)

Na pista - precisávamos de ter poupado mais o Kart e ter também tido mais sorte. Não quero falar individualmente dos pilotos porque acho que no geral estiveram todos bem, empenhados. Alguns foram mesmo bravos, bravissimos, na forte recuperação que se impunha fazer depois de tantos azares. Faremos melhor para a próxima, seguramente... parabéns a todos. Obrigado por me terem proporcionado este magnifico fim de semana.

Na altura, estava cansado e nem pensei na importância de termos ido ao podio. Deverimos te-lo feito. Algo a corrigir para a próxima.

Obrigado ao Filipe, pois sem a bola de carne, que estava óptima, pouco teria comido em todo o fim de semana.

Obrigado à EPI pela sua associação à equipa, e ao Pedrosa, que comigo percorreu a pista distribuindo folhetos. Desejo as maiores felicidades e sucesso a EPI - Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia. Esperamos ter ajudado a contribuir para esta causa.

Gaia 2011... para pensar e preparar com tempo sem dúvida.

1 reacções:

General disse...

Não senti que tivesse havido assim tanta vontade de ser "o melhor da equipa"... foi coisa de que não me apercebi.
Senti, isso sim, que havia preocupação em estar no lote dos pilotos mais rápidos do turno em que cada um andava. Até porque, face à mudança constante das condições da pista e do kart, não seria possível comparar tempos entre os diferentes turnos.
Eu, por exemplo, só fiz um turno verdadeiramente ao ataque e, se queres que te diga, nem sei qual foi a minha melhor volta. Nesse turno perguntei ao Luís, quando saí, se estava a andar ao nível dos primeiros...
Foi das coisas boas que senti dentro do grupo, pouca "inveja" pelo andamento "deste ou daquele"... ;)